3. As tarefas criativas são mais motivadoras que as repetitivas.
4. Em relação ao êxito escolar há que afirmar que: Conhecer as causas do êxito ou do fracasso em uma tarefa determinada aumenta a motivação intrínseca. - O reconhecimento do êxito de um aluno ou de um grupo de alunos, por parte do professor, de uma tarefa determinada, motiva mais que o reconhecimento do fracasso, e se aquele é público, melhor. O registro dos progressos na consecução das metas propostas costuma aumentar a motivação intrínseca. As atividades devem graduar-se de tal forma que, a partir das mais fáceis, o aluno vá obtendo êxitos sucessivos (o êxito gera êxito).
6. O nível de estimulação dos alunos tem de ser adequado. Se a estimulação é muito reduzida não se produzem mudanças. Se for excessiva, costuma produzir ansiedade e frustração.
7. Pelo que respeita ao nível de dificuldade das tarefas pode-se afirmar que:
- As mudanças moderadas no nível de dificuldade e complexidade de uma tarefa favorecem a motivação intrínseca em quem a realiza; ao serem atraentes e agradáveis. As mudanças bruscas são rejeitadas ao serem identificadas como desagradáveis.
- O nível de dificuldade de uma tarefa tem de ser adequado, favorecendo o próximo passo dos alunos. As tarefas percebidas como muito fáceis ou muito difíceis não criam motivação. As mais motivantes são aquelas percebidas com um nível médio de dificuldade.
8. O professor que dá autonomia no trabalho promove a motivação de sucesso e auto-estima, aumentando assim a motivação intrínseca. Os professores centrados no controle diminuem a motivação.
9. As expectativas do professor sobre o aluno são profecias que se cumprem por si mesmas. O aluno tende a render o que o professor espera dele.
11. Tem de se cuidar a motivação extrínseca nas tarefas rotineiras e à base de memória, e a motivação intrínseca nas tarefas de aprendizagem conceptual, resolução de problemas e criatividade.
12. É preciso partir da própria experiência para chegar à formulação de princípios e leis (método indutivo). Isto se consegue quando se inserem ocorrências, fatos e situações ocasionais da vida real dos alunos no desenvolvimento do tema correspondente; quando se relaciona o que se ensina com a realidade circundante vivencial para o aluno; quando se parte de fatos ou acontecimentos da atualidade que têm grande relevância; quando se utiliza a experimentação, etc. Trata-se de tornar, na medida do possível, a teoria mais extraída da prática para não se ficar na pura teoria, indo do particular para o geral, do conhecido para o desconhecido, dos fatos para os princípios, do simples para o complexo.
13. Quando se usa o processo dedutivo, os alunos, devem ver plasmada em fatos práticos a teoria estudada previamente.
14. Devem-se relacionar os temas a tratar com os interesses, necessidades e problemas próprios de cada idade ou fase da vida, sempre que seja possível. O progresso é mais rápido quando os alunos reconhecem que a tarefa coincide com os seus interesses imediatos.
15.A motivação aumenta quando o material didático que se utiliza é o adequado (diapositivos, transparências, vídeos, fitas cassetes, etc.).
16. É muito conveniente dar a conhecer os objetivos que se pretendem alcançar em cada unidade didática.
17. É preciso evitar a repreensão pública, o sarcasmo, as comparações ridículas, as tarefas em demasia e, em geral, todas as condições desfavoráveis para o trabalho escolar. Pelo contrário, deve-se utilizar, quando for necessário, a repreensão privada, a conversa particular e amistosa e quantos fatores positivos animem o aluno.
18 Devem-se comunicar aos alunos os resultados dos seus trabalhos o mais imediatamente possível. O conhecimento dos resultados é um forte estimulo para obter mais rapidez e maior exatidão.
19. O professor deve mostrar interesse por cada aluno: pelos seus êxitos, pelas suas dificuldades, pelos seus planos... e de maneira que o aluno o note.
20. As estratégias operativas e participativas são mais motivantes que as passivas e dogmáticas. Os resultados são melhores quando o aluno descobre verdades científicas, e quando as tarefas são realizadas sem coação. É muito positivo comprometer o aluno numa determinada tarefa ou trabalho.
22. É preciso evitar que atuem sobre o educando motivos contraditórios simultaneamente.
23. Quando um motivo forte é frustrado, pode provocar formas indesejáveis de comportamento.
24. Há que ter em conta as diferenças individuais na motivação. O papel do professor não consiste só em condicionar novos motivos desejáveis, mas também em explorar convenientemente os muitos que estão presentes em cada educando.
25. Cada qual é motivado pelo que tem valor para si. Entre motivo e valor não existe diferença. A motivação é o efeito da descoberta do valor. Por isso se toma necessário conseguir que os alunos reconheçam o valor que tem cada matéria, tanto a nível pessoal como social.