Bernhardus Varenius
Uma importante figura da retomada dos estudos de geografia, cuja Geographia generalis (1650; Geografia geral) foi várias vezes revisada e permaneceu como principal obra de referência durante um século ou mais. Também era de Flandres o cartógrafo mais importante do século XVI, Gerardus Mercator (Gerard de Cremer), que criou um novo sistema de projeções, aprimorando os que usavam longitudes e latitudes.
James Cook
James Cook fixou novos padrões de precisão e técnica
Alexander von Humboldt
Como muitos que o antecederam, se propôs conhecer outras partes do mundo, mas acabou se distinguindo pela cuidadosa preparação que antecedia suas viagens, pelo alcance e precisão de suas observações. São de especial interesse seus estudos sobre os Andes (feitos durante uma viagem às Américas Central e do Sul, entre 1799 e 1804), em que pela primeira vez se fez uma descrição sistemática e inter-relacionada da altitude, temperatura, vegetação e agricultura em montanhas situadas em regiões de baixa latitude. Surgimento da geografia moderna. Humboldt lançou as bases da geografia moderna, com ênfase na observação direta e nas medições acuradas como base para leis gerais.
Immanuel Kant
Definiu satisfatoriamente o lugar da geografia entre as diferentes disciplinas: afirmou que a geografia lida com os fenômenos associados no espaço da mesma forma que a história lida com os fatos que ocorrem durante uma mesma época. Foi Kant que primeiro utilizou o termo "Geografia Física" e que relacionou a Geografia ao espaço e a Historia ao tempo. Tanto Kant quanto Humboldt lecionaram geografia física e foram contemporâneos de Carl Ritter, que ocupou a primeira cadeira de geografia criada numa universidade moderna.
Ferdinand Paul Wilhelm, barão de Richthofen
Escreveu um monumental estudo de cinco volumes sobre a geografia chinesa e influenciou o desenvolvimento da metodologia geográfica na Alemanha e em outros países.
Friedrich Ratzel
Escreveu trabalhos pioneiros em geografia humana e política. Criador da antropogeografia, o geógrafo e etnógrafo alemão é autor do ensaio tido como ponto de partida da geopolítica, no qual introduziu o conceito de espaço vital. Posteriormente, essa noção foi distorcida pelo nazismo para justificar suas pretensões expansionistas. Apesar de admirar as concepções evolucionistas de Darwin e Haeckel, Ratzel criticou-as pelo mecanicismo. Expôs, em suas obras Anthropogeographie (1882-1891; Antropogeografia) e Politische Geographie (1897; Geografia política), os princípios de seu pensamento. Na primeira, desenvolveu a tese de uma relação causal entre as características do meio-ambiente natural e as realizações humanas. Na segunda, estabeleceu uma analogia biológica entre os mecanismos de contração e expansão dos países, ou seja, a tendência dos povos a limitarem ou ampliarem fronteiras segundo as necessidades de espaço vital (Lebensraum). Esse conceito, na interpretação do cientista político sueco Rudolf Kiellén, foi usado como justificativa para o expansionismo nazista do III Reich.
Paul Vidal de La Blache
Foi um dos principais responsáveis pelo surgimento da geografia moderna na França. Deve-se a ele a definição do campo da geografia regional, com ênfase no estudo de áreas pequenas e relativamente homogêneas. Foi o primeiro professor de geografia da Sorbonne e planejou uma obra monumental, que cobria a geografia regional em todo o mundo, mas não viveu o bastante para concluí-la. Géographie universelle (1927-1948) foi completada por seu aluno Lucien Gallois e é uma das mais bem-sucedidas publicações sobre o tema.
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