Os povos asiáticos atravessaram que continente ou oceano?
Biografia - André Vidal de Negreiros
Um dos chefes militares na guerra contra os holandeses que haviam ocupado parte do Nordeste, Vidal de Negreiros alistou-se em 1624 no exército colonial, destacou-se em 1638 na defesa da cidade de Salvador, assediada por Maurício de Nassau. Após uma estada de oito anos em Portugal e na Espanha, retornou como mestre-de-campo e comandante de terço, ajudando a organizar a insurreição contra o domínio holandês. Sua participação foi fundamental nas duas batalhas de Guararapes (1648 e 1649). Após a expulsão dos holandeses de Pernambuco em 1654, seguiu para Lisboa encarregado de levar a notícia a d. João IV. Condecorado pelo soberano, foi nomeado governador do Maranhão e do Grão-Pará em 1655, de Pernambuco (1657-61), de Angola (1661-6) e outra vez de Pernambuco (1667).
O que significam as estrelas estampadas na bandeira brasileira?
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O que foi a tarifa Alves Branco?
Biografia - Américo Vespúcio
Na condição de representante de armadores florentinos, o mercador e navegador Vespúcio encarregou-se em Sevilha do aprovisionamento de navios para a segunda e a terceira viagens de Cristóvão Colombo. Supõe-se que tenha participado de incursões pelo Atlântico desde 1497. Em 1499, acompanhou Alonso de Ojeda numa expedição que alcançou a costa americana acima do rio Orinoco. Em 1501, participou de outra armada, sob o comando de André Gonçalves, encarregada de explorar a costa brasileira. Saindo de Lisboa, em 17 de agosto a frota alcançou o cabo de São Roque, provavelmente descendo a costa até a Patagônia. Em 1503, Vespúcio retornou ao Brasil, desta vez comandando um navio da frota de Gonçalo Coelho, armada por cristãos-novos associados a Fernão de Noronha. Perdendo-se do resto da armada, carregou o navio de pau-brasil ao sul da baía de Todos os Santos e desembarcou em Lisboa em 18 de junho de 1504. No ano seguinte, em Sevilha, naturalizou-se espanhol e, de 1508 até sua morte, foi o piloto-mor da Casa de Contratação das Índias.
O corpo de Cleópatra foi enterrado em alguma pirâmide do Egito?
Biografia - Afonso Augusto Moreira Pena
(Santa Barbara, MG, 1847 — Rio de Janeiro, 1909)
Após bacharelar-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1870, iniciou a carreira política elegendo-se deputado provincial
Em seguida, elegeu-se vice-presidente da República para o quadriênio 1902-06 (com Rodrigues Alves na presidência). Em 1906, foi eleito presidente da República, tendo como vice Nilo Peçanha. Durante seu governo, incentivou a imigração e a ocupação do interior do país e promoveu uma política econômica voltada para o desenvolvimento industrial. Morreu em 1909, sem completar o mandato.
História da Geografia
Grande parte do mundo ocidental conhecido era dominada pelos gregos, em especial o leste do Mediterrâneo. Sempre interessados em descobrir novos territórios de domínio e atuação comercial, era fundamental que conhecessem o ambiente físico e os fenômenos naturais. O céu claro do Mediterrâneo facilitava a vida dos navegantes gregos, sempre atentos às características dos ventos, importantes para sua navegação em termos de velocidade e segurança. Sobre tais experiências, os gregos deixaram para as futuras gerações escritos que contavam a sua vivência geográfica. Estudos feitos acerca do rio Nilo, no Egito, detalhavam, entre outras coisas, seu período de cheia anual.
No século IV a.C., os gregos observavam o planeta como um todo. Através de estudos filosóficos e observações astronômicas, Aristóteles foi o primeiro a receber crédito ao conceituar a Terra como uma esfera. Em sua especulação sobre o formato da Terra, Strabo acabou escrevendo uma obra de 17 volumes, 'Geographicae', onde descrevia suas próprias experiências do mundo - da Galícia e Bretanha para a Índia, e do Mar Negro à Etiópia. Apesar de alguns erros e omissões em sua obra, Strabo acabou tornando-se o pai de geografia regional.
Com o colapso do Império Romano, os grandes herdeiros da geografia grega foram os árabes. Muitos trabalhos foram traduzidos do grego para o árabe. Ocorreram, no entanto, a partir daí, algumas regressões: após o ano de 900 d.C., as indicações de latitude e longitude já não apareciam mais nos mapas. De todo modo, os árabes acabaram recuperando e aprofundando o estudo da geografia, e já no século XII, Al-Idrisi apresentaria um sofisticado sistema de classificação climática. Em suas viagens à África e à Ásia, outro explorador árabe, Ibn Battuta, encontrou a evidência concreta de que, ao contrário do que afirmara Aristóteles, as regiões quentes do mundo eram perfeitamente habitáveis.
Já no século XV, viajantes como Bartolomeu Dias e Cristóvão Colombo redescobririam o interesse pela exploração, pela descrição geográfica e pelo mapeamento. A confirmação do formato global da Terra veio quinze anos mais tarde, em uma viagem de circunavegação realizada pelo navegador português Fernando Magalhães, permitindo uma maior precisão das medidas e observações.
Grandes nomes se empenharam no estudo das várias áreas da geografia. A geografia social, por exemplo, recebeu a dedicação de nomes como Goethe, Kant, e Montesquieu, preocupados em estabelecer em seu estudo a relação entre a humanidade e o meio ambiente. A geografia recebeu novas subdivisões, entre as quais, a geografia antropológica e a geografia política.
Por volta do século XIX, surgia a Escola Alemã, apresentando o determinismo, que suportava a idéia de que o clima era capaz de estimular ou não a força física e o desenvolvimento intelectual das pessoas. Assim, afirmava que nas zonas temperadas a civilização teria um desenvolvimento mais elevado do que nas quentes e úmidas zonas tropicais. Já nos anos
Chegaram os anos 60 com todas as suas revoluções, e o desejo de fazer da geografia um estudo mais científico, mais aceito como disciplina, levaram à adoção da estatística como recurso de apoio. No final da década, duas novas técnicas de suma importância para a geografia começavam a ser desenvolvidas: o computador eletrônico e o satélite, dando nova ênfase à disciplina.
STRABO
(n.c.
Geógrafo e historiador grego, nasceu em Amaseia, Pontus (agora Amasya, Turquia). Strabo começou seus estudos com Aristodemus e em
ERATOSTHENES
(n.c.
Matemático, astrônomo, geógrafo e poeta grego, nasceu em Cyrene (agora Shahhat, Líbia). Em
PTOLOMEU
(c. 100-70 d.C.) - (também Claudius Ptolomaeus)
Astrônomo e matemático grego, viveu em Alexandria, Egito e era cidadão romano. Seu primeiro trabalho e o mais importante foi o 'Almagesti' (Grande Obra), traduzido para o árabe 500 anos depois. Nesta obra ele propunha o sistema de geocentrismo o qual descrevia a Terra no centro do universo com o sol, planetas e as estrelas rodando em círculos ao seu redor. Este trabalho de Ptolomeu influenciou o pensamento astronômico durante mais de mil e quinhentos anos até ser substituído pela teoria heliocêntrica de Copérnico. Para a geografia sua mais importante obra foi 'A Geografia', uma tentativa de mapear o mundo conhecido da época, que listava latitudes e longitudes de locais importantes acompanhadas de mapas e uma descrição de técnicas de mapeamento. Nesta compilação Ptolomeu pegou dados seus e de Hiparco, Strabo e Marinus de Tiro. Mesmo com informações imprecisas este trabalho foi a principal ferramenta de orientação geográfica até o fim da renascença.
HUMBOLDT, FRIEDRICH W. H. ALEXANDER VON
(n. 14/9/1769 - m. 6/5/1859)
Geógrafo, naturalista e explorador alemão, nasceu em Berlim, mais conhecido pelas suas contribuições a geologia, climatologia e oceanografia. Ainda jovem Humboldt foi apresentado a um grupo de intelectuais (entre os quais Moses Mendelssohn) pelo seu tutor. Em 1879 ele foi para a Universidade de Gottingen, aonde estudou arqueologia, física e filosofia. O seu interesse por botânica e explorações foi intensificado ao conhecer Georg Forster, que acabará de voltar de uma viagem ao redor do mundo com o famoso Capitão James Cook. Após um ano Humboldt largou Gottingen para estudar geologia com A.G. Werner na escola de minas de Freiburg e depois veio a se tornar inspetor de minas do governo da Prússia. Uma farta herança de sua mãe o permitiu se dedicar aos seus interesses por exploração científica.
Em 1799, Humboldt explorou durante 5 anos a América Latina, visitando países como Equador, Colômbia, Venezuela, México e Peru, além de parte da bacia amazônica. Durante esta viagem ele coletou muitos dados sobre clima, fauna, flora, astronomia, geologia e sobre o campo magnético da Terra. Durante sua estada no Peru fez precisas medições sobre uma corrente fria descoberta por ele que veio a ser chamada pelo seu nome e hoje é mais conhecida como Corrente do Peru. Após uma breve estada nos Estados Unidos da América foi morar em Paris onde ficou até 1827, período durante qual escreveu uma obra de 23 volumes com as descobertas feitas na viagem. Em 1827 viajou para Berlim e foi nomeado assessor do rei da Prússia. Em 1829 por convite do Czar russo Nicolau I viajou aos Montes Urais e Sibéria para fazer estudos geológicos e fisiográficos.
O resto de sua vida foi dedicada a escrever sua principal obra intitulada 'Kosmos' na tentativa abrangente de descrever o universo como um todo e mostrar que tudo era interrelacionado. Humboldt foi o primeiro a mapear pontos isotérmicos (linhas conectando pontos geográficos de mesma temperatura) e impulsionando assim o estudo da climatologia.
RITTER, KARL
(n. 1779 - m.1859) - (também Carl Ritter)
Geógrafo alemão, conhecido como fundador da moderna ciência da geografia. Ritter mostrou ao mundo o princípio da relação entre a superfície da Terra e a natureza e os seres humanos, era defensor constante do uso de todas as ciências para o estudo da geografia. Foi professor de geografia na Universidade de Berlin de 1820 até sua morte; seu mais importante trabalho, 'Die Erdkunde' (Ciência da Terra, 19 volumes, 1817-1859), enfatizava a influência de fenômenos físicos na atividade humana.
RATZEL, FRIEDRICH
(n. 30/8/1844 - m. 9/8/1904)
Geógrafo e etnólogo alemão fundador da geografia política moderna (ou geopolítica), o estudo da influência do ambiente na política de uma nação ou sociedade. Dele originou-se o conceito de 'espaço vivo' (Lebensraum), que se preocupa com a relação de grupos humanos com os espaços do seu ambiente. Ele lecionou na Univesidade de Munique entre 1875 e 1886, e desta data até sua morte foi professor de geografia da Universidade de Leipzig. Seu conceito de 'espaço vivo' foi depois usado pelo Partido Nacional Socialista (Nazista) para justificar a expansão germânica e a anexação de territórios que precedeu a segunda guerra mundial.
Retirado: Enciclopédia Geográfica - ATR - cd rom
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Educação - Gestão Democrática e Proposta Pedagógica
Olhando para a história das civilizações, constata-se que enquanto a sobrevivência dos povos se assentava num modelo agrário, a educação era de pouca importância e quase inexistente. Com a Revolução Industrial, a idéia predominante passou a ser, sobretudo a partir do século XIX, que o futuro de um país dependia da educação do povo. O Estado passou, então, a interferir mais diretamente na educação. No caso brasileiro, o processo de industrialização se intensifica na década de 1930, refletindo em mais poder para os grupos urbanos, em especial para a burguesia industrial e comercial. Essa classe emergente passa a ter grande influência sobre o campo educacional.
Destaca-se neste período o movimento Escola Nova, que entre outras coisas defendia que o progresso da humanidade só era viável através da tecnologia e da indústria. E o sistema educacional brasileiro passou a desempenhar o papel de preparar os indivíduos para a nova realidade social, capacitando-os para produzir e consumir os produtos da sociedade urbano-industrial.
A classe dominante pensava a educação para os trabalhadores. Assim, um olhar sobre a estruturação da educação no Brasil, revela que, embora nem sempre pela legislação, coexistiram redes paralelas de ensino: a propedêutico-acadêmica para as elites e a técnico-profissionalizante para os trabalhadores. Os primeiros eram preparados para prosseguirem os seus estudos e tornarem-se os "pensadores" da sociedade, enquanto que os outros deviam ser capacitados para o mercado de trabalho.
Neste final de século o contraste entre a minoria privilegiada e a maioria necessitada tem se manifestado de maneira mais aviltante, excluindo e marginalizando 2/3 da humanidade. Diante deste fenômeno, como pensar a escola e a educação para que estejam voltadas para quem está diminuído em sua humanidade e cidadania? Como pensar processos educativos que possibilitem aos oprimidos e explorados "Serem Mais" (Paulo Freire)?
Tanto a questão da realidade sócio-econômica como a educacional precisam ser decodificadas pela problematização e conscientização. Ao saber-se onde se está e porque se chegou a esta situação, torna-se possível vislumbrar para onde ir, com quem e quais os instrumentos e/ou técnicas usar para alcançar os objetivos colocados. Todas estas questões formam um conjunto de elementos que, articulados entre si, configuram-se no Projeto Político-Pedagógico das escolas e das redes de ensino. VASCONCELLOS (1995:145) define:
O Projeto Educativo é o Plano Global da Instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a transformação da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de transformação. (...)
Tem, portanto, este valor de articulação da prática, de memória do significado da ação, de elemento de referência para a caminhada. O Projeto Educativo é também construção coletiva de conhecimento.
A Atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº 9394/96), no artigo 12, inciso I, oficializa que os estabelecimentos de ensino terão a incumbência de "elaborar e executar sua proposta pedagógica" .
O mesmo artigo, prossegue no inciso VI: "articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola". Já no que se refere à incumbência dos docentes, o Art. 13 estabelece: "I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; VI- colaborar com as atividades de articulação com as famílias e a comunidade" . Sobre a maneira dos estabelecimentos de ensino e dos docentes cumprirem estas responsabilidades, os artigos 14 e 15 assim legislam:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes; Art. 15.
Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financiera, observadas as normas gerais de direito financeiro público.
Num primeiro momento tudo parece ser claro e simples. Entretanto, três questões precisam ser atentamente analisadas: gestão democrática; autonomia; direito financeiro público.
A gestão democrática implica duas instâncias: a interna e a externa. Internamente trata-se de organizar de tal forma os espaços e atividades escolares que todos os segmentos tenham condições idênticas de dizer a sua palavra, questionar, discutir, analisar, opinar, decidir e participar da execução e avaliação do processo de construção da proposta pedagógica. Falando sobre um Projeto "bem feito", VASCONCELLOS(1995:152) esclarece:
O trabalho educativo, do qual a elaboração do Projeto faz parte, é essencialmente uma dialética de continuidade-ruptura, pois não introduzir o elemento novo, é permanecer no mesmo e, por outro lado, não caminhar junto, é avançar sozinho. Assim sendo, consideramos que mais importante do que ter um texto bem elaborado, é construirmos o envolvimento e o crescimento das pessoas, principalmente dos educadores, no processo de construção do projeto, através de uma participação efetiva naquilo que é essencial na instituição. Que o planejamento seja do grupo e não para o grupo. Como sabemos, o problema maior não está tanto em se fazer uma mudança, mas em sustentá-la.
Daí a essencialidade da participação!Uma proposta de mundança que vá se implantando gradualmente só ganha sustentação e legitimidade se for construída coletivamente, onde pais, alunos, professores e demais segmentos da escola e da comunidade externa tenham tido a oportunidade de manifestar-se, vendo que a proposta pedagógica da escola da sua localidade é resultado também das suas idéias, das suas sugestões, das suas escolhas. Assim todos sentir-se-ão comprometidos em trabalhar para a sua execução e sucesso.
Ressalta-se de modo especial a interlocução escola e comunidade local, que a maioria das vezes é colocada como o momento de maior dificuldade pelas direções das escolas. Entretanto, tão importante quanto a democratização interna é a externa; a escola não tem um fim em si mesma, mas está a serviço da humanização de seres humanos concretos, que assim se constituem social e politicamente dentro de uma realidade sócio-histórica que os condiciona.
Como instituição pública, a escola deve estar integrada na vida do povo. É-lhe intrínseco tornar-se instrumento de reflexão e ação da população, a partir das buscas, anseios e conflitos que marcam a caminhada e a vida das práticas sociais em que homens e mulheres vão se humanizando. A construção do projeto político-pedagógico deve ser o resultado de reflexões análises, debates, decisões e encaminhamentos coletivos e consensuais. Interagindo com os principais construtores do processo cultural da sociedade - os trabalhadores - uma escola autêntica deixa, de certa maneira, de ser livre para fazer e ensinar o que quiser e como quiser. Sentir-se-á convocada a enraizar seu fazer educativo no saber popular, refletindo, criticando, explicitando, reelaborando ou sistemantizando com o povo.
Ao sair de si mesma e fazer-se presente na interação com as demais instituições, organizações e movimentos sociais, a escola não só estará educando aos seus alunos, mas a si mesma e à comunidade como um todo; desencadear-se-á um processo de esclarecimento e organização sobre o processo histórico-cultural, os interesses e valores que condicionam limites e possibilidades no mundo da vida, descortinando horizontes que possibilitarão a estruturação de uma sociedade em que todos sejam sujeitos da sociedade e do seu processo sócio-histórico-cultural. O povo sentir-se-á participando da educação desenvolvida na escola e, o que é muito importante, sentirá a escola participando ativamente da sua história, da sua luta, da sua vida. Em contrapartida, sentir-se-á responsável por esta escola.
Mas... tudo isto não coloca em risco a autonomia da instituição? Não, pois a escola não tem um fim em si mesma, assim como nada do que nela se faz ou ensina. Ela está a serviço de uma sociedade concreta, onde homens e mulheres se humanizam histórica, social, política, econômica e culturalmente. Autonomia não significa fechamento, isolamento, retraimento ou autosuficiência; é da natureza da educação sistemática a sua vinculação com o processo histórico-social vivido pelo povo que a solicita e/ou recebe. Neste sentido, autonomia implica ter sensibilidade para ler o mundo da vida que está ao seu entorno, escutar as pessoas que o constroem e, com estes - que são o construtores da história, da cultura e da sociedade -, delinear perspectivas, projetos e propostas que venham responder oficial, científica e alternativamente às necessidades, sonhos, conflitos e desafios da concretude espácio-temporal. Assim educar-se-á com um saber que parte da e retorna à totalidade das atividades humanas que constituem a tecitura do processo histórico-cultural.
A terceira questão diz respeito ao direito financeiro público. Ou seja, a comunidade, o bairro e a própria escola estão inseridos numa sociedade maior que se configura como nação. No caso brasileiro, como em todas as sociedades industriais, a vida do povo sofre a influência direta do Estado, que através de um conjunto de instituições organiza e controla a vida dos indivíduos através de leis que regem a vida privada e pública. Portanto, este Estado representa o poder máximo, resultante da correlação de forças entre os diferentes grupos e classes na hora de decidir pelo voto; o Estado lutará para que os interesses de quem está no poder sejam garantidos.
A atual LDB apregoa a gestão democrática e a autonomia, assim como também a valorização das diferentes culturas. Entretanto, as condições para tanto ainda precisam ser conquistadas. Os docentes recebem salários que os obrigam a uma carga horária de até 60 horas semanais, o que dificulta a organização de espaços de debate, diálogo, estudo e refelexão enquanto membros de uma mesma escola, e muito menos a sua participação nas demais instâncias das práticas sociais que circunscrevem a sua escola. Ademais, as escolas dependem de recursos públicos administrados pelo Estado, cujas políticas servem-se de avaliações , PCNs e Conteúdos Curriculares (todos apenas "sugestivos") para moldar a prática escolar segundo os interesses do sistema socio-político-econômico vigente.
Eis, pois, algumas questões a serem consideradas enquanto educadores(as) autênticos(as), que só se constituem enquanto tais na medida em que souberem quem são, o que fazem e para que(e a quem) servem, para decidir o que querem e o que podem. Não obstante, a nossa realidade é de uma sociedade capitalista, onde os interesses de classes são antagônicos. Com o que faz ou deixa de fazer, o modo como o faz, a escola contribue com a afirmação ou negação de interesses e valores. Daí a necessidade de fazer uma opção política, deixando claro a serviço de que tipo de homem e que tipo de sociedade ela se coloca. Isto só é possível quando o processo de construção da proposta pedagógica for se dando de forma aberta, dinâmica, com dialogicidade interna e externa, tendo a perspicácia (ou astúcia) de exercer a autonomia sem contudo deixar de instrumentalizar a escola e a comunidade para que disputem em pé de igualdade com as classes dominantes na defesa de suas reivindicações e direitos como humanos e como cidadãos brasileiros.
Nas palavras de SAVIANI (1985: 59-60): ...o dominado não se liberta se ele não vier a dominar aquilo que os dominantes dominam. Então, dominar o que os dominantes dominam é condição de libertação. Nesse sentido, eu posso ser profundamente político na minha ação pedagógica, mesmo sem falar de política. (...) Não adianta nada eu ficar sempre repetindo o refrão de que a sociedade é dividida em duas classes fundamentais, burgueses e proletariado, que a burguesia explora o proletariado e que quem é proletário está sendo explorado, se o que está sendo explorado não assimila os instrumentos através dos quais ele possa se organizar para se libertar dessa exploração.
Referências Bibliogáficas
· BRASIL. Lei nº 9.394/96. [online] Disponível na Internet via HTTP. URI: http://www.ufsm.br/adeonline
· SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Teorias da educação. Curvatura da vara. Onze teses sobre educação e política. 8ª ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1985.
· VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Plano de Ensino-aprendizagem e Projeto Educativo. São Paulo: Libertad, 1995.
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Geografia - Principais Geógrafos
Bernhardus Varenius
Uma importante figura da retomada dos estudos de geografia, cuja Geographia generalis (1650; Geografia geral) foi várias vezes revisada e permaneceu como principal obra de referência durante um século ou mais. Também era de Flandres o cartógrafo mais importante do século XVI, Gerardus Mercator (Gerard de Cremer), que criou um novo sistema de projeções, aprimorando os que usavam longitudes e latitudes.
James Cook
James Cook fixou novos padrões de precisão e técnica
Alexander von Humboldt
Como muitos que o antecederam, se propôs conhecer outras partes do mundo, mas acabou se distinguindo pela cuidadosa preparação que antecedia suas viagens, pelo alcance e precisão de suas observações. São de especial interesse seus estudos sobre os Andes (feitos durante uma viagem às Américas Central e do Sul, entre 1799 e 1804), em que pela primeira vez se fez uma descrição sistemática e inter-relacionada da altitude, temperatura, vegetação e agricultura em montanhas situadas em regiões de baixa latitude. Surgimento da geografia moderna. Humboldt lançou as bases da geografia moderna, com ênfase na observação direta e nas medições acuradas como base para leis gerais.
Immanuel Kant
Definiu satisfatoriamente o lugar da geografia entre as diferentes disciplinas: afirmou que a geografia lida com os fenômenos associados no espaço da mesma forma que a história lida com os fatos que ocorrem durante uma mesma época. Foi Kant que primeiro utilizou o termo "Geografia Física" e que relacionou a Geografia ao espaço e a Historia ao tempo. Tanto Kant quanto Humboldt lecionaram geografia física e foram contemporâneos de Carl Ritter, que ocupou a primeira cadeira de geografia criada numa universidade moderna.
Ferdinand Paul Wilhelm, barão de Richthofen
Escreveu um monumental estudo de cinco volumes sobre a geografia chinesa e influenciou o desenvolvimento da metodologia geográfica na Alemanha e em outros países.
Friedrich Ratzel
Escreveu trabalhos pioneiros em geografia humana e política. Criador da antropogeografia, o geógrafo e etnógrafo alemão é autor do ensaio tido como ponto de partida da geopolítica, no qual introduziu o conceito de espaço vital. Posteriormente, essa noção foi distorcida pelo nazismo para justificar suas pretensões expansionistas. Apesar de admirar as concepções evolucionistas de Darwin e Haeckel, Ratzel criticou-as pelo mecanicismo. Expôs, em suas obras Anthropogeographie (1882-1891; Antropogeografia) e Politische Geographie (1897; Geografia política), os princípios de seu pensamento. Na primeira, desenvolveu a tese de uma relação causal entre as características do meio-ambiente natural e as realizações humanas. Na segunda, estabeleceu uma analogia biológica entre os mecanismos de contração e expansão dos países, ou seja, a tendência dos povos a limitarem ou ampliarem fronteiras segundo as necessidades de espaço vital (Lebensraum). Esse conceito, na interpretação do cientista político sueco Rudolf Kiellén, foi usado como justificativa para o expansionismo nazista do III Reich.
Paul Vidal de La Blache
Foi um dos principais responsáveis pelo surgimento da geografia moderna na França. Deve-se a ele a definição do campo da geografia regional, com ênfase no estudo de áreas pequenas e relativamente homogêneas. Foi o primeiro professor de geografia da Sorbonne e planejou uma obra monumental, que cobria a geografia regional em todo o mundo, mas não viveu o bastante para concluí-la. Géographie universelle (1927-1948) foi completada por seu aluno Lucien Gallois e é uma das mais bem-sucedidas publicações sobre o tema.
Geografia - Termos Geográficos - Letras - U, V e Z
UF - Ver também estado
Unidade da federação - Ver também estado
Unidade de conservação - Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Ver também área de proteção ambiental, área de relevante interesse ecológico, estação ecológica, floresta nacional, parque nacional, reserva biológica, reserva ecológica e reserva extrativista.
Unidade local - Espaço físico ocupando, geralmente, uma área contínua, no qual são desenvolvidas uma ou mais atividades econômicas e cuja atividade principal é industrial.
Unidades de relevo - Ver chapada, depressão, planalto, planície, patamar, serra e tabuleiro.
Urbanização - Processo em que a população das cidades aumenta proporcionalmente mais que a população do campo, isto é, quando o crescimento urbano é superior ao crescimento rural.
Uso da terra - Ver lavouras permanentes, lavouras temporárias, matas plantadas, pastagens naturais, pastagens plantadas e terras ociosas
Uso sustentável - Exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. Destacam-se como atividades de uso sustentável dos recursos naturais: extração de madeira, de acordo com um plano de manejo; coleta controlada de produtos florestais, como extração de borracha, coleta de frutos, sementes, plantas medicinais etc.; turismo sustentável; pesca controlada; e criação de animais silvestres em unidades de conservação para fins de subsistência e comercialização.
Vulcão - Abertura ou chaminé existente na crosta terrestre por onde irrompe a rocha liqüefeita, o magma. Costuma ser cônico, mas pode apresentar-se como uma fenda na superfície ou um buraco numa montanha. O magma é acompanhado de outros materiais, como gás, vapor e fragmentos. Em geral, ocorre em bordas destrutivas ou construtivas das placas tectônicas.
Zona do Cacau - Região compreendida entre os municípios de Ituberá e Belmonte que se caracteriza pela monocultura do cacau. Em torno das oscilações da produção cacaueira gira toda a vida social e econômica da região e as próprias culturas secundárias são decorrência da monocultura dominante. Os conflitos sociais gerados pelas relações entre grandes proprietários produtores e a população migrante que se empregava nas lavouras de cacau são o pano de fundo das primeiras obras de Jorge Amado, autor maior da literatura regionalista baiana.
Geografia - Termos Geográficos - Letra T
Tabuleiro - Relevo de topografia plana, elaborado em rochas sedimentares, de altitude relativamente baixa, geralmente limitado por escarpas.
Taxa bruta de mortalidade - Número de óbitos por 1 000 habitantes na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a freqüência anual de mortes na população. A taxa bruta de mortalidade é obtida através do quociente entre o número total de óbitos de residentes e a população residente, multiplicado por 1 000.
Taxa bruta de natalidade - Número de nascidos vivos por 1 000 habitantes na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a freqüência anual de nascidos vivos na população. A taxa bruta de natalidade é obtida através do quociente entre o número total de nascidos vivos residentes e a população residente, multiplicado por 1 000.
Taxa de alfabetização - Percentagem de pessoas residentes alfabetizadas de um grupo etário em relação ao total de pessoas residentes desse mesmo grupo etário.
Taxa de crescimento da população - Incremento médio anual da população residente devido ao crescimento vegetativo ou à migração líquida, em determinado espaço geográfico, no período considerado. Representa a velocidade de crescimento da população entre dois momentos de tempo. As estimativas de crescimento da população são realizadas pelo método geométrico.
Taxa de escolarização - Percentagem de pessoas residentes de uma determinada faixa etária que freqüenta escola em relação ao total de pessoas residentes da mesma faixa etária. A taxa de escolarização é ajustada levando-se em consideração a estrutura da educação em cada país.
Taxa de mortalidade infantil - Número de óbitos de crianças menores de um ano de idade por 1 000 nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. A taxa de mortalidade infantil é obtida através do quociente entre o número total de óbitos de residentes com menos de um ano de idade e o número total de nascidos vivos de mães residentes, multiplicado por 1 000.
Terraço - Superfície horizontal ou levemente inclinada, constituída por depósito sedimentar, ou superfície topográfica modelada por erosão fluvial, marinha ou lacustre e limitada por dois declives no mesmo sentido. Pode ser classificado como marinho, lacustre, fluvial etc.
Terra indígena - Terra tradicionalmente ocupada pelos índios, por eles habitada em caráter permanente, utilizada para as suas atividades produtivas, imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
Terras ociosas - Áreas que se prestam à formação de culturas, pastos ou matas e não utilizadas para tais finalidades, inclusive as terras não utilizadas por período superior a 4 anos.
Geografia - Termos Geográficos - Letra S
Sedimentação - Deposição de material sob a forma sólida na superfície terrestre. O material pode ser de origem inorgânica, proveniente da destruição de rochas preexistentes, ou de origem orgânica, por meio de processos biológicos.
Serra - Relevo elevado e acidentado, elaborado em terreno de rochas diversas, formando cristas e cumeadas ou constituindo escarpas nas bordas de planaltos.
Sertão de Goiás - Área que se estende pelos territórios dos atuais Estados de Goiás e Tocantins, compreendendo a região de cerrado e as bacias dos rios Paraná, Maranhão e Tocantins. Sua ocupação, assim como em boa parte do sertão brasileiro, foi marcada pela ação de grupos políticos locais, formados por grandes proprietários de terras que estabeleciam as regras de conduta para todos os setores sociais, inclusive a polícia, a igreja e o poder legislativo. Os conflitos que marcaram a vida das populações submetidas a tais estruturas de poder são o enredo da obra de Bernardo Élis, particularmente no romance “O Tronco” e nas crônicas de “Ermos e Gerais”.
Sertão do Cariri - Área formada por porções dos territórios dos Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia. Coincide, em parte, com a área de ocorrência da caatinga, apresentando paisagem árida, de solo pedregoso, vegetação arbustiva e de cactáceas. Alguns elementos povoam as páginas da literatura regionalista e compõem o imaginário associado ao sertão do Cariri - a figura do jagunço, os animais da região, a luta contra a rigidez do clima, donzelas de beleza inigualável e cavaleiros corajosos. José de Alencar, Graciliano Ramos, Rachel de Queirós e Ariano Suassuna são os expoentes da literatura regionalista ambientada no Sertão do Cariri.
Sertão dos Confins - Área correspondente ao Triângulo Mineiro e entorno de Paracatu, abrangendo, ainda, parte do sudeste do Estado de Goiás. Predomina o relevo de baixa altitude e vegetação típica de cerrado. A atividade que caracteriza de forma marcante a região é a criação de gado zebu, pela qual se tornou conhecida em todo território nacional. É descrita pelo escritor Mário Palmeio nos romances “Vila dos Confins” e “Chapadão do Bugre”.
Sistemas urbanos - Extensos conjuntos de cidades interdependentes economicamente e hierarquizadas através da troca de bens, do fornecimento de serviços e dos movimentos de capitais e de informações especializadas.
Solo - Material mineral e/ou orgânico na superfície da terra que serve como um meio natural para o crescimento e desenvolvimento das plantas terrestres. Suas características são decorrentes da ação combinada dos fatores genéticos: rocha matriz (material de origem), relevo, clima, seres vivos e tempo, acrescidos dos efeitos de uso pelo homem.
Sub-bacias conjugadas - Ver bacias conjugadas
Sub-bacia hidrográfica - Bacia hidrográfica constituída de cursos d’água (afluentes e subafluentes) de menor importância que o rio principal.
Geografia - Termos Geográficos - Letra R
Recursos hídricos - Águas superficiais e/ou subterrâneas, presentes em uma região ou bacia, disponíveis para qualquer tipo de uso.
Rede geral de abastecimento de água - Ver abastecimento de água
Rede geral de esgoto - Canalização das águas servidas e dos dejetos provenientes do banheiro ou sanitário ligada a um sistema de coleta que os conduz a um desaguadouro geral da área, região ou município, mesmo que o sistema não disponha de estação de tratamento da matéria esgotada.
Região de influência das cidades - Quadro de referência do sistema urbano brasileiro utilizado para fins de gestão do território, planejamento, estudos de urbanização e racionalização de decisões quanto à localização de diferentes tipos de atividades econômicas ou de infra-estrutura social, quer na esfera pública, quer na esfera privada. Neste quadro de referência, as cidades brasileiras aparecem classificadas e hierarquizadas segundo seus níveis de centralidade, bem como são definidas suas ligações espaciais e mapeadas suas áreas de atuação ou mercado.
Região fitoecológica - Ver domínio fitoecológico
Região metropolitana - Região estabelecida por legislação estadual e constituída por agrupamentos de municípios limítrofes, com o objetivo de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Região natural - Porção do território identificada a partir de elementos do meio físico. Na atualidade, as bacias hidrográficas têm sido o principal elemento do meio físico utilizado na prática de divisão regional.
Relevo - Conjunto das formas de terreno que compõem uma paisagem.
Rendimento - Valor total do rendimento mensal do trabalho e do rendimento proveniente de outras fontes, como aposentadoria, pensão, aluguel, pensão alimentícia, mesada, renda mínima, bolsa-escola, seguro-desemprego e abono de permanência em serviço.
Rendimento mediano - Valor do rendimento mensal que ocupa o ponto central na série ordenada dos valores de rendimentos.
Reserva biológica - Unidade de conservação que tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. É de posse e domínio públicos. Ver também unidade de conservação.
Reserva ecológica - Unidade de conservação criada com o objetivo de manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-la com o objetivo da conservação ambiental. Ver também unidade de conservação.
Reserva extrativista - Unidade de conservação cuja área é utilizada por populações extrativistas tradicionais, em que a subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e que tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. É de domínio público, com seu uso concedido às populações extrativistas tradicionais. Ver também unidade de conservação.
Reserva nacional - Ver parque nacional
Geografia - Termos Geográficos - Letra P
Parque indígena - Área criada pelo poder público, destinada a vários grupos indígenas de origem étnica diversa.
Parque nacional - Unidade de conservação que tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. É de posse e domínio públicos. Ver também unidade de conservação.
Pastagens naturais - Áreas destinadas ao pastoreio do gado, sem terem sido formadas mediante o plantio, ainda que tenham recebido algum trato.
Pastagens plantadas - Áreas destinadas ao pastoreio do gado e formadas mediante plantio.
Patamar - Relevo plano ou ondulado, elaborado em diferentes tipos de rochas, constituindo superfície intermediária ou degrau entre áreas de relevos mais elevados e áreas topograficamente mais baixas.
PEA - Ver população economicamente ativa
Península - Massa continental que se encontra circundada quase que completamente pelas águas e ligada ao continente por uma faixa estreita de terra.
Pessoa alfabetizada - Pessoa capaz de ler e escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que conhece.
Pessoa analfabeta - Pessoa que nunca aprendeu a ler e escrever ou que, embora tenha aprendido, esqueceu, ou a pessoa que só é capaz de escrever o próprio nome.
PIB - Ver Produto interno bruto
PIB per capita - Resultado da divisão do Produto interno bruto pelo número de habitantes do país. Indica a contribuição média de cada habitante para a sua formação ou, reciprocamente, a participação média de cada habitante na sua absorção.
Pirâmide etária - Representação gráfica da distribuição da população de um país por sexo e faixas de idade.
Placas tectônicas - Placas rígidas que formam a carapaça externa da Terra, a litosfera, e que se deslocam sobre o magma, provocando em seus limites exteriores várias deformações e fenômenos, como dobramentos, falhas, vulcanismos e terremotos.
Planalto - Forma de relevo plana ou levemente ondulada, porém de altitude relativamente elevada, limitada, pelo menos por um lado, por superfícies mais baixas, e em que os processos de degradação (erosão) superam os de deposição e acumulação de sedimentos (sedimentação).
Planície - Forma de relevo plana ou suavemente ondulada, de extensão variável, localizada mais freqüentemente em áreas de baixa altitude, e em que os processos de deposição e acumulação de sedimentos (sedimentação) superam os de degradação (erosão).
Plataforma continental - Região submarina de baixas profundidades que margeia os continentes e inclina-se suavemente a partir do litoral até a profundidade de 200m. É separada das profundezas do oceano por um declive que se estende de
PNB - Ver Produto nacional bruto
População economicamente ativa - Parcela da população em idade ativa que está trabalhando ou em busca de trabalho. Compreende o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo.
População residente - Pessoas que têm o domicílio como local de residência habitual e que, na data de referência da pesquisa, estão presentes ou ausentes, temporariamente, por período não superior a 12 meses em relação àquela data.
População rural - Parcela da população que reside em área classificada como rural no último censo demográfico disponível. No caso brasileiro, a situação do domicílio é definida por lei municipal, em vigor na data de referência da pesquisa, que estabelece os limites do perímetro urbano. A situação rural abrange toda a área situada fora desses limites, inclusive os aglomerados rurais de extensão urbana, os povoados e os núcleos.
População subnutrida - População cujo acesso à alimentação está abaixo da necessidade mínima de energia considerada adequada.
População total - 1. (Mundo) População de fato estimada pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (Department of Economic and Social Affairs), do Secretariado das Nações Unidas. 2.(Brasil) Ver também população residente
População urbana - Parcela da população que reside em área classificada como urbana no último censo demográfico disponível. No caso brasileiro, a situação do domicílio é definida por lei municipal, em vigor na data de referência da pesquisa, que estabelece os limites do perímetro urbano. Como situação urbana consideram-se as áreas internas ao perímetro urbano, ou seja, as áreas urbanizadas ou não, correspondentes às cidades (sedes municipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urbanas isoladas.
Precipitação - Qualquer deposição em forma líquida ou sólida, derivada da atmosfera.
Produto interno bruto - Valor dos bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras do país, independentemente da nacionalidade do produtor. É o principal indicador da atividade econômica de um país.
Produto nacional bruto Valor dos bens e serviços finais produzidos com recursos do país, empregados dentro ou fora do território nacional, pertencentes a pessoas ou empresas. Diferentemente do produto interno bruto, inclui o resultado de empresas no exterior e desconta os investimentos de capital estrangeiro dentro do território nacional.
Geografia - Termos Geográficos - Letras M e N
Macrorregiões geoeconômicas - Complexos regionais criados para fins de estudo do território brasileiro, visando melhor captar a situação socioeconômica e as relações entre a sociedade e o espaço natural. A divisão em regiões geoeconômicas não respeita os limites políticos dos estados, isto é, os limites de cada região não coincidem com as fronteiras estaduais. Consideram-se três regiões geoeconômicas: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul.
Malha municipal - Conjunto de linhas que representam os limites oficiais dos municípios.
Manto - Camada intermediária da Terra, situada entre a crosta terrestre e o núcleo. Tem cerca de 3 000km de espessura e representa 83% do volume do planeta e 65% da sua massa.
Massas de ar - Volumes da atmosfera que possuem propriedades em comum, como pressão, temperatura, umidade, em virtude da área em que se localizam.
Matas naturais - Áreas de matas e florestas naturais utilizadas para extração de produtos ou conservadas como reservas florestais.
Matas plantadas - Áreas de matas plantadas ou em preparo para o plantio de essências florestais, inclusive as áreas ocupadas com viveiros de mudas de essências florestais.
Mesorregião geográfica - Conjunto de microrregiões geográficas, contíguas e contidas na mesma unidade da federação, definidas com base no quadro natural, no processo social e na rede de comunicações e de lugares.
Metrópole - Cidade de grandes dimensões e elevado tamanho populacional, que centraliza a maior parte das atividades terciárias (comércio e serviços) de sua região e/ou de seu país. Em decorrência, encontra-se nos mais altos níveis hierárquicos de uma rede urbana. Ver também sistemas urbanos.
Metrópole global - Metrópole que articula a economia global através de inúmeras redes de todos os tipos e que centraliza funções superiores direcionais, produtivas e administrativas de empresas com atuação planetária. Articula e centraliza também o controle da mídia e a capacidade simbólica de criar e difundir mensagens. Em decorrência, encontra-se no nível hierárquico mais elevado do sistema urbano mundial ou global. Ver também sistemas urbanos.
Metrópole nacional - Metrópole que comanda a vida econômica e social da nação e concentra todos os tipos de funções. Por isso, ocupa o mais alto nível hierárquico do sistema urbano de um país. Ver também sistemas urbanos.
Metrópole regional - Metrópole que comanda a vida econômica e social de uma região e concentra todos os tipos de atividades econômicas que atuam neste espaço. Por isso, ocupa o mais alto nível hierárquico do sistema urbano de uma região. Ver também sistemas urbanos.
Microrregião geográfica - Conjunto de municípios, contíguos e contidos na mesma unidade da federação, definidos com base em características do quadro natural, da organização da produção e de sua integração.
Município - Unidade de menor hierarquia na organização políticoadministrativa brasileira. Sua criação, incorporação, fusão ou desmembramento se faz por lei estadual. Estas transformações dependem de aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito. Rege-se por lei orgânica, observados os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na constituição do estado onde se situa.
Núcleo - Camada mais interna da Terra. Representa cerca de 32% da massa total do planeta e divide-se em duas partes: núcleo externo e núcleo interno. O primeiro se estende até a profundidade de 5 000km e se apresenta em um estado físico líquido (estado de fusão). O segundo vai desta profundidade até o centro da Terra, e se apresenta em estado sólido, com temperaturas atingindo até 5 000oC.
Geografia - Termos Geográficos - Letra L
Lavouras permanentes - Culturas de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas sucessivas, sem necessidade de novo plantio.
Lavouras temporárias - Culturas de curta ou média duração, geralmente com ciclo vegetativo inferior a um ano, que após a colheita necessitam de novo plantio para produzir.
Limpeza urbana - Limpeza de vias e logradouros públicos pavimentados (varredura manual ou mecânica) e não pavimentados (capinação, raspagem da terra e roçagem). Além de limpeza de monumentos, de bocas de lobo, também conhecidas como bueiros em algumas regiões, e retiradas de faixas e cartazes.
Linhas de transmissão - Conjunto de condutores, isoladores e acessórios, usado para o transporte ou distribuição de eletricidade.
Litosfera - Camada exterior da Terra, constituída pela crosta terrestre e parte do manto superior.
Geografia - Termos Geográficos - Letras G, H e I
Gerais - Área que se estende do centro do território de Minas Gerais, junto aos municípios de Corinto e Curvelo e próximo à represa de Três Marias, alargando-se rumo ao norte, acompanhando o curso do rio São Francisco, em ambas as margens, até atingir a divisa dos Estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia. Compõe parte do quadro natural do planalto central brasileiro, caracterizando-se pelo relevo plano das chapadas, a vegetação de campos do cerrado e a particularidade das veredas - trilhas que margeiam os cursos d’água, servindo de itinerário para os viajantes, descritas no clássico de Guimarães Rosa, “Grande Sertão Veredas”.
Grau de ocupação da terra pela agropecuária - Relação entre a área ocupada pelos estabelecimentos rurais e a área do município.
Hipsometria - Medição de alturas e de altitudes.
Índice de desenvolvimento humano - Índice para comparação do estágio de desenvolvimento entre países, que está centrado na conjugação de três indicadores - longevidade, educação e rendimento per capita da população, e não exclusivamente na riqueza econômica medida pelo Produto nacional bruto. A longevidade é expressa pela esperança de vida ao nascer. A educação é avaliada pela taxa de alfabetização de adultos e pela taxa de escolarização nos três níveis de ensino. E a renda é calculada através do Produto interno bruto per capita, expresso
Geografia - Termos Geográficos - Letra F
Fauna - Conjunto de animais que caracterizam uma região.
Fertilidade natural - Condição do solo com relação à sua capacidade de suprir os nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas.
Fertilizantes - Substâncias naturais ou artificiais que contêm elementos químicos e propriedades físicas que aumentam o crescimento e a produtividade das plantas, melhorando a natural fertilidade do solo ou devolvendo os elementos retirados pela erosão ou por culturas anteriores.
Floresta nacional - Unidade de conservação cuja área possui cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e que tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para a exploração sustentável de florestas nativas. É de posse e domínio públicos. Ver também unidade de conservação.
Fuso horário - Convenção estabelecida que se refere a uma faixa de 15 graus dentro da qual a hora é a mesma para todos os lugares nela inseridos.
Geografia - Termos Geográficos - Letra E
Ecossistema - Complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microorganismos e seu meio inorgânico, que interagem como uma comunidade funcional, em um determinado espaço, de dimensões variáveis.
Efeito estufa - Fenômeno natural de manutenção de calor da Terra determinado pela presença na atmosfera, em proporções reduzidas, de gases raros ou gases estufa, entre os quais dióxido de carbono, ozônio, metano e óxido nitroso, juntamente com o vapor d’água, que aprisionam o calor na atmosfera e impedem sua passagem de volta para a estratosfera, o que possibilita o equilíbrio térmico sobre o planeta. Sem o efeito estufa natural, a temperatura seria cerca de 30oC mais fria, e a Terra, um deserto gelado. A intensificação do efeito estufa, decorrente das emissões crescentes de dióxido de carbono pelo homem, pode provocar o aumento da temperatura média em todo o planeta, promovendo o degelo parcial das calotas polares, com a conseqüente elevação do nível dos mares e a inundação dos litorais.
Empresa industrial - Unidade jurídica caracterizada por uma firma ou razão social que engloba o conjunto de atividades econômicas exercidas em uma ou mais unidades locais (endereços) e cuja principal receita é proveniente da atividade industrial.
Endemia - Presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona geográfica determinada ou, ainda, a prevalência usual de uma doença particular numa zona geográfica.
Erosão - Desagregação, transporte e deposição do solo e rocha em decomposição pelas águas, ventos ou geleiras.
Esperança de vida ao nascer - Número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de mortalidade existente na população residente em um determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a probabilidade de tempo de vida média da população.
Estabelecimento rural - Terreno de área contínua, independente do tamanho ou situação (urbana ou rural), formado de uma ou mais parcelas, subordinado a um único produtor, onde se processa uma exploração agropecuária.
Estação ecológica - Unidade de conservação cuja área é representativa de um ecossistema e é destinada à realização de pesquisas básicas e aplicadas de Ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista. Tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É de posse e domínio públicos. Ver também unidade de conservação.
Estação aduaneira interior - Recinto alfandegado de uso público, instalado fora das zonas primárias - portos e aeroportos, onde mercadorias destinadas à importação e exportação podem ser armazenadas e desembaraçadas. Porto seco.
Estado - Unidade de maior hierarquia na organização político administrativa brasileira, dividindo-se
Extermínio - Processo de desaparecimento de uma ou mais espécies induzido de forma direta ou indireta pela ação do homem.